O leque tem na China um grande destaque. Segundo os arqueólogos, seu uso remonta desde o neolítico. As primeiros leques que se tem conhecimento eram abanos de cabos compridos, gravados em objetos de bronze do período dos Estados Combatentes e da Dinastia Chou.

Eram manejados por servos para dar frescor aos seus amos e protegê-los dos raios solares. Em muitos casos, eram um símbolo de poder. Durante o período da Dinastia Han, tinham formato curvo e feitos com tiras de bambu.

A partir de 581 d.C., o leque mais comum era feito de seda, conhecido como Leque Imperial. Feito de finas hastes de bambu e madeira cobertas por sedas delicadas e transparentes, significava alegria conjunta e unidade.

Em 960 d.C. surgiu um novo estilo de leque, o dobrável, que continua a ser usado até hoje. Ele generalizou-se primeiro na corte e depois nas outras classes sociais. Muitas vezes o Imperador oferecia a suas concubinas leques lindamente decorados.

As funções do leque foram ampliadas com o tempo: além de servir para refrescar e espantar insetos, servem também como instrumento cerimonial, decoração e adorno pessoal.

Nas zonas rurais da China, quando uma mulher se apaixona, produz um leque no qual deposita todo o seu amor e esperança e aguarda a chegada do verão para entregá-lo a pessoa amada.